Como o setor da Moda está tentando sobreviver em meio à pandemia da Covid 19
Tão logo foi dada a ordem do isolamento social em março de 2020 os lojistas foram impedidos de abrirem suas lojas em shoppings centers e com o passar dos meses muitos vieram a falir com o faturamento chegando a zero.
Entretanto, alguns desses lojistas mais antenados ao Mundo Digital limparam os estoques das lojas e começaram a vender roupas pela internet através do Instagram, Youtube e principalmente via Whats app, criando Grupos de transmissão e enviando catálogos aos clientes.
A bem da verdade, as pessoas que conseguiram vender pela Internet quase todas foram ( e são) aquelas que mesmo tendo um modelo de negócio mais tradicional em Shopping center mantinham suas Redes Sociais bem ativas, falavam constantemente com clientes e interessados através dos aplicativos e aí não tiveram tanta dificuldade em migrar da venda física para a venda digital.
Negociando aluguéis, prorrogando impostos e dispensando boa parte dos funcionários( ou todos), muitos donos de loja se aventuraram a vender pela Internet e alguns gostaram tanto da ideia que acabaram por fechar de vez a empresa já que os gastos são enormes e passarão a vender somente pela Internet através de brechós de luxo ou em suas próprias casas.
A partir do momento que essas pessoas se lançaram a vender pela Internet elas romperam com o modelo tradicional de vendas e quebraram a barreira geográfica que as impedia de vender para clientes de outras Cidades e outros Estados. Então quem se interessou por uma roupa vendo um catálogo no Norte, nordeste ou Sul e esteve disposto(a) a negociar ou pagar o frete recebeu suas roupas em sua residência com total comodidade.
Por toda essa comodidade que vimos por exemplo a Magazine Luíza aumentar e muito o seu faturamento, assim como a Dafiti, entre outras. Quem vendeu facilidade durante a pandemia conseguiu estabilizar ou até aumentar o seu faturamento.
Setor de Reforma de Roupas em São Paulo
Em contrapartida temos alguns setores que foram severamente prejudicados por conta da pandemia, setores esses que dependem que a pessoa esteja fisicamente no estabelecimento para a execução dos serviços.
De mãos dadas com a Moda e com a compra de roupas, o setor de Consertos de roupas em São Paulo e no Brasil todo viu os clientes simplesmente pararem de ajustar roupas na costureira e ficar dentro de suas casas de pijama, trabalhando home office.
E qual foi a solução encontrada nisso tudo?
Os donos de ateliês de costuras se viram obrigados a dispensarem costureiras e verem as mesmas se virando em vendas de máscaras de proteção, e muitas dessas costureiras não querendo voltar ao serviço pois estavam ganhando o salário pago pelo Governo e ganhando com as vendas das máscaras.
Contudo, aos poucos os Governos vão afrouxando o isolamento e as lojas de shoppings voltam a abrir com várias incertezas, com proprietários relutantes em darem um bom desconto , boletos vencidos, cobrança para todo lado e talvez o pior de tudo: Clientes relutantes em comprarem em shoppings centers.
71% dos Brasileiros compraram online durante a pandemia
Com as lojas fechadas, ajuda do Governo Federal e principalmente com a migração de lojistas para o Mundo digital tivemos o aumento de 71% de compras online e a estimativa de que mais de 30 milhões( Milhões) de novos consumidores passaram a comprar na Internet.
Sendo assim, por que muitas dessas pessoas voltariam a comprar de lojas de shoppings com Preços mais altos?
Claro que todos sabemos que um aluguel no shopping center é caríssimo, o custo de funcionário no Brasil é exorbitante, mas o que a grande maioria das pessoas querem mesmo é economizar.
Dessa forma, se as lojas de shoppings tiverem com preços acima de 20% do que é vendido online provavelmente não conseguirão vender seus produtos já que o imediatismo da pessoa gostar da roupa e levá-la fala muito alto, mas talvez não tão mais alto do que a economia de dinheiro que mais do que nunca é super bem vinda.
Por outro lado, na hora da pessoa fazer o ajuste de roupas por exemplo ela não terá a possibilidade de um desconto tão grande uma vez que não há como ser feito um conserto de roupas em Sp por exemplo à distância. Portanto os custos para manter um Ateliê de Costuras se manterá o mesmo e aí as pessoas comparam o preço do produto(roupa) x preço da prestação de serviços( ajuste de roupas) e muitas vezes dizem que o ” molho tá saindo mais caro que o peixe”.
Nisso tudo devemos levar em consideração que infelizmente muitas roupas são fabricadas na China com mão de obra escrava, ao passo que na hora de ajustar a roupa na costureira (devidamente registrada) não haverá essa mão de obra escrava.
Enfim, é algo que só o tempo dirá mais as consequências estão aí .