Isa Colli usa a literatura para conscientizar sobre prevenção ao Covid-19

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Conselheira da educação do Brasil na Bélgica e Luxemburgo usa a literatura para conscientizar sobre prevenção ao Covid-19

Livro “Luke, o macaco atleta”, que estimula hábitos saudáveis, é o carro-chefe de campanha nas redes sociais 

Preocupada com o avanço do Covid-19 no Brasil, seu país de origem, e na Bélgica, onde mora atualmente, a escritora Isa Colli está usando a literatura para convencer as pessoas de que medidas de higiene e cuidados básicos ajudam na prevenção ao novo vírus. 

Por meio de sua editora, a Colli Books, ela criou uma campanha nas redes sociais, na qual os personagens dos livros infantis dão mensagens sobre o combate ao Coronavírus. 

“Nossa editora trabalha com educação e os livros sempre passam mensagens de conscientização sobre o meio ambiente e promoção da saúde, entre outros temas. Me senti na obrigação de mostrar aos meus leitores que o Coronavírus é uma ameaça real e que é importante proteger as pessoas que nos cercam”, explica Isa.

As mensagens destacam os cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos, até alertas como evitar aglomerações para reduzir as chances de contágio da doença.

Isa, que é conselheira da educação do Brasil na Bélgica e no Luxemburgo, também ensina que a baixa imunidade do corpo nos deixa mais vulneráveis às doenças. Por isso, ter um estilo de vida saudável, consumir alimentos nutritivos, ter um sono adequado e fazer exercícios são medidas importantes para se proteger. Essa mensagem está no livro “Luke, o macaco atleta”, que conta a aventura do bichano que mantém hábitos de alimentação saudáveis e pratica atividades físicas diariamente.

Antes da pandemia, Luke foi mostrado como exemplo de boas práticas para incentivar as escolhas saudáveis entre as crianças, no 1º Fórum Regional das Cidades Latino-Americanas Signatárias do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana, que aconteceu em maio do ano passado, no Rio de Janeiro.

Apesar dos bons resultados, Isa Colli se preocupa com a negação de parte do povo brasileiro que ignora a letalidade do Covid-19. Embora as autoridades tenham decretado isolamento social nos estados, muitos cidadãos questionam essa medida e desacatam a recomendação, saindo nas ruas, o que coloca em risco suas vidas e a de terceiros. Para a autora, é preciso estar atento ao futuro sombrio que poderá se abater sobre o país. 

Na Bélgica o vírus já provocou a morte de 1,632 pessoas, e no Brasil, onde os primeiros contágios chegaram bem depois, o total de vítimas fatais já passa de 490. “Os números aumentam com muita velocidade. O sistema de saúde brasileiro não terá estrutura se um grande contingente da população precisar de internação por conta do Covid-19. Então, a medida mais prudente é o confinamento”, ressalta.  Apesar do cenário assustador, Isa Colli avalia que a doença está despertando em muitas pessoas o espírito da solidariedade. De bilhetes em prédios oferecendo ir ao mercado ou farmácia para que idosos não precisem sair, a doações de dinheiro, tempo, estruturas e serviços para produzir itens essenciais, é crescente o número de pessoas e empresas que buscam fazer a sua parte. “É nesse ambiente de amor e fraternidade que temos de nos focar para enfrentar esse período. Sabemos que após a pandemia, o mundo passará por momentos difíceis de recessão, fome e desemprego. Na há, no entanto, maneira mais sensata de vencer essa batalha, senão pelo distanciamento horizontal, em que não há a seleção de grupos específicos, sendo recomendado que todos fiquem em casa. Ainda diante de muitas incertezas e perguntas sem respostas, o que se espera é que possamos tirar lições desse caos e que o mundo saia desta crise mais humano e fraterno”, diz Isa.